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Análise do Jungmann sobre as Forças Armadas

Paulo César de Oliveira
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Ex-ministro da Defesa no governo Michel Temer, Raul Jungmann (foto) enfrentou uma crise no Exército quando o general Hamilton Mourão, então secretário de Economia e Finanças do Exército, resolveu discorrer sobre “aproximações sucessivas” e criticar o governo. Acabou afastado. Na reserva, filiou-se ao PRTB e compôs a chapa vitoriosa com Jair Bolsonaro. Jungmann não vê paralelo entre esse episódio e o que envolveu o general Eduardo Pazuello ao comparecer a comício do presidente Jair Bolsonaro no fim de semana. “A responsabilidade maior do que se passou é do presidente da República, que é o comandante supremo das Forças Armadas”.

Constrangimentos

Mas ele entende que “o presidente da República vem constrangendo as Forças Armadas há bastante tempo, para endossar os seus atos no embate com o Supremo Tribunal Federal, com o Congresso e com os governadores. Na medida em que as Forças, por meio de seus comandantes, não aceitaram essa vontade do presidente, os ex-comandantes foram destituídos. Eles eram insubordinados? Não. Eles cometeram alguma lesão à lei e à Constituição? Não. Eram ineficientes? Não. Eles tinham feito qualquer tipo de desvio? Não. Eram todos homens probos e decentes, com meio século de serviços prestados à Nação e foram demitidos sem nenhuma explicação. Portanto, um ato político, porque não se dobraram à vontade do presidente. Conheço todos. Foram sacrificados, ceifados, porque disseram não ao presidente e sim à Constituição”.

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