Toma posse hoje, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (foto), e não deve receber a faixa presidencial do presidente em exercício, Hamilton Mourão. Na sua ausência, o presidente da Câmara, Arthur Lira, fica com essa responsabilidade de seguir com o ritual. A cerimônia será acompanhada por mais de 60 delegações estrangeiras, que querem sinalizar não só o prestígio de parte da comunidade internacional ao presidente eleito, como também a democracia, que está em crise em todo o planeta. São esperados ao menos 17 chefes de Estado e de governo, com participação expressiva de líderes da América do Sul e de países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). Esta é a terceira vez que Lula irá subir a rampa do Palácio do Planalto, mas diferente dos mantados anteriores, desta vez, ele assume com o país dividido, com ações de extremistas entre bolsonaristas e lulistas, com a fome e a miséria avançando pelo país, com empresários desconfiados e com a indústria enfraquecida. Problemas não faltam e a população quer respostas sem demora.
Ritos da festa
Lula deve cumprir os rituais tradicionais dos presidentes brasileiros e desfilar entre a Catedral de Brasília e a Praça dos Três Poderes. Depois, segue para cerimônia de posse no Congresso Nacional e caminha para subir a rampa no Palácio do Planalto. O ritual adotado desde a redemocratização, em 1989, desta vez não contará com o presidente Jair Bolsonaro (PL), passando a faixa presidencial, já que ele viajou para os Estados Unidos em um avião da FAB na tarde desta sexta-feira. A expectativa é a de que o vice-presidente Hamilton Mourão, presidente em exercício, siga com o cerimonial. Dos sete presidentes que assumiram o comando do país desde a retomada das eleições diretas no Brasil, apenas Fernando Collor de Mello e Dilma Rousseff não passaram a faixa ao sucessor, pois foram afastados da presidência com um impeachment antes do fim do mandato. (foto/reprodução internet)