Faltando pouco mais de cento e cinquenta dias para as eleições ainda está em aberto a discussão, sem qualquer sentido, sobre o voto eletrônico. Volta e meia- e agora foi o ministro Luís Roberto Barroso, o STF- alguém reaviva a discussão sobre a integridade das urnas eletrônicas, um assunto que parece interessar apenas ao presidente Bolsonaro que coloca o processo eleitoral sobre suspeita e defende que ele seja acompanhado de perto pelas Forças Armadas. Mas afinal, o que têm a Forças Armadas com o processo eleitoral que ela nunca, desde 1989 quando foi realizada a primeira votação eletrônica no país contestou, nem tem poderes para tal? Barroso demonstra preocupação com o uso político/eleitoral das Forças Armadas exatamente no mesmo dia em que um general Augusto Heleno (foto), comandante do Gabinete de Segurança Institucional- resolve contestar os resultados das pesquisas eleitorais, desfavoráveis a seu chefe. É preciso dar um basta nesta usina de crises. O Brasil tem problemas demais a resolver para ficar discutindo questões já superadas. Não há uma prova, um indício sequer que possa colocar sob suspeita o sistema eleitoral brasileiro que serviu de modelo para vários outros países. Esta discussão não interessa ao país, ainda mais quando e busca envolver as Forças Armadas, numa clara demonstração de tentativa de intimidação. Temos a fome, a inflação, a violência, a discriminação, a pobreza, a baixa qualidade do ensino, a falta de infraestrutura, o desemprego e tatos outros assuntos, como a saúde, para discutir. Criar falsos problema quando não se tem propostas para os reais, não me parece uma boa estratégia. (Foto reprodução internet)
Discussão sem sentido
