Logo
Blog do PCO

Em discurso que ninguém entendeu Bolsonaro insinua um terceiro mandato

O presidente Jair Bolsonaro (foto), comparou neste sábado o exercício de seu cargo com um casamento. Durante evento do Aliança pelo Brasil- partido que está tentando viabilizar- em Brasília, Bolsonaro afirmou que a Presidência “não é uma lua de mel”. “É um casamento de quatro ou oito anos. Ou, quem sabe, por mais tempo, lá na frente”, afirmou, sem esclarecer exatamente o que queria dizer com “mais tempo”. Bolsonaro afirmou ainda que, neste “casamento”, os “fins serão o bem estar deste povo”. “Eu já passei dos 60 (anos). A gente começa a não pensar de maneira diferente. A pensar com os pés do chão. O que nós queremos deixar para quem vem depois? O que eu quero deixar para a minha filha Laura?”, afirmou em seu discurso. Na fala, o presidente também fez referências indiretas à relação com seu antigo partido, o PSL. “Como disse, é pesado. Decepções, ingratidões, gente que se revela depois que assume o poder, gente que pede cargo e responde: você já teve um cargo acima do nosso nome, o seu mandato”, citou o presidente. “Mas nem isso satisfez uma parte daqueles que chegaram conosco para ocupar a Câmara e o Senado Federal”, acrescentou. O presidente afirmou ainda que não existe “satisfação maior” do que ser bem recebido em qualquer lugar do Brasil. “Tenho compromisso com vocês, com a pátria e com Deus acima de tudo”, disse.

 

Bolsonaro sanciona fundo eleitoral

O presidente disse ontem, que é “escravo da lei” e que por isto sancionou o Orçamento 2020, com Fundo Eleitoral de R$ 2 bilhões, para não cometer crime de responsabilidade. “Eu tenho que cumprir a lei. Posso ser enquadrado no crime de responsabilidade. Somos escravos da lei. Algumas coisas sanciono contra minha vontade. Outras eu veto contra minha vontade também. O Brasil não é eu. São os outros Poderes também”, disse, em evento do Aliança Pelo Brasil. Criado em 2017 para compensar as perdas impostas por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, dois anos antes, havia proibido doações de pessoas jurídicas aos candidatos, o Fundo Eleitoral é abastecido com dinheiro do Tesouro Nacional. A distribuição da verba fica a critério das cúpulas partidárias, que, em geral, privilegiam políticos com mandato. O valor de R$ 2 bilhões foi aprovado pelo Congresso em dezembro do ano passado. Contrariado com críticas sobre a destinação desses recursos, Bolsonaro tem pedido a apoiadores que não votem em candidatos que utilizem recursos públicos nas eleições. O problema é que o “boicote” pode prejudicar seus próprios aliados.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *