Parece piada, mas é o que acontece no Brasil. Após a revelação de que pediu ajuda ao empresário Joesley Batista para ser nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal, e de ter avalizado o acordo absurdo de delação premiada, que beneficiou o dono da JBS, Edson Fachin (foto) assume a presidência da Segunda Turma do Supremo. Antes de ser eleito, Fachin reclamava pelos cantos do fato de ter sido abandonado pelos seus pares após a revelação da sua relação com Joesley. A argumentação para a sua eleição na Segunda Turma, onde tramitam os processos da Lava Jato, é a de que no regimento interno do STF, há previsão de rodízio para a ocupação da presidência do colegiado, com prioridade para os que ainda não ocuparam o cargo. Fachin ocupou a vaga de Teori Zavascki, que morreu em um acidente aéreo, em fevereiro. Ontem o ministro autorizou o interrogatório do presidente Temer, pela Polícia Federal. O presidente responderá, por escrito, perguntas que serão enviadas pela PF abordando as acusações dos donos da JBS.
Fachin assume presidência da segunda turma após revelação da sua proximidade com Joesley Batista
