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Blog do PCO

Hoje é dia de votar contra

Hoje é dia de ir às urnas. Os mais de 140 milhões de eleitores estão sendo chamados agora para definirem o que, afinal, querem para o país. Ou melhor, o que afinal, não querem para o país. Esta eleição tem a marca do contra. O eleitor está indo votar não para escolher o que considera o melhor, mas para enterrar o que não quer. Corre o risco de enterrar em cova rasa. É que se o eleito, por ser o contra ideal, fracasse, é bem provável que o rejeitado ressurja com força na próxima disputa. O eleitor nesta eleição, seja na disputa presidencial, seja nas disputas estaduais, acabou caindo na cilada. Foi induzido a votar com a emoção, sem muita racionalidade na escola. Não que as disputas eleitorais sejam algo que levem o eleitor a pensar, a analisar. Nunca foi assim, mas convenhamos, esta foi ainda pior. Falou-se de tudo, menos sobre como solucionar os problemas nacionais. Verdades e mentiras circularam numa velocidade nunca vista, e o eleitor, como sempre, se engajou nesta discussão, sem se preocupar com o que pensam os candidatos sobre as questões que verdadeiramente interessam. Aliás, esta centralidade das fofocas nos debates políticos não é novidade. Novo é apenas o nome: fake news, e a velocidade com que circulam. Antes eram fofocas mesmo e se espalhavam com mais vagar. Tinham, porém, o mesmo efeito que têm hoje as fakes. As redes sociais e sua capacidade de disseminação de fatos e não fatos, só colocou mais gente no bate boca, contribuindo para alienar ainda mais o eleitor no debate em torno do que é melhor, ou pior, para o país. Os cidadãos, e claro os eleitores, são contra porque são contra, são a favor porque são a favor. Fundamentos para esta decisão importam pouco. Bom para os candidatos que não tiveram trabalho para elaborar projetos e programas, se aprofundarem nos estudos sobre problemas e possíveis soluções para o país. Alimentaram o contra. Radicalizaram a disputa, se apresentando como o novo diante do velho, sem explicarem o que afinal isto significa. Um deles, o que se diz novo ou que é o velho, vai vencer. Não há empates. As urnas, usadas por muitos como instrumento para alimentar a radicalização, vão mostrar logo no inicio da noite, quem venceu. Não conseguem mostrar, porém, se quem venceu conseguirá

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