Faltam setenta dias para o eleitor escolher, nas urnas, os seus candidatos. As disputas regionais seguem mornas, mobilizando apenas as cúpulas partidárias, enquanto as disputas para a vagas legislativas ainda não despertam interesse, embora se fale em renovações significativas nas Assembleias, no Senado e na Câmara Federal. Renovações que, na verdade, vão nos trazer com certeza, mais do mesmo. Continuaremos com Legislativos que não representam ninguém. Em compensação, a disputa presidencial preocupa. A expectativa é de que sejam doze os candidatos. Cinco já foram lançados. Os demais serão oficializados ao longo desta semana. Mas, mesmo faltando tantas confirmações, o quadro está definido e polarizado. Mais do que isto, radicalizado. Não há, como indicam as pesquisas, qualquer possiblidade de surpresas nas urnas. A dúvida é quanto a evolução das duas candidaturas – Lula e Bolsonaro – até outubro. As últimas pesquisas já indicam com mais certeza uma decisão em segundo turno. A expectativa, inclusive nos comandos das campanhas, é quanto o controle dos radicais de lado a lado. As pesquisas internas dos partidos indicam uma rejeição popular ao radialismo dos discursos e os responsáveis pelas campanhas cobram dos candidatos posturas menos belicosas como forma de conter os apoiadores mais radicais. Em três semanas as campanhas, como prevê o calendário eleitoral, estarão nas ruas. Mais alguns dias e estarão nos horários gratuitos de rádio e televisão. É quando os candidatos terão que apresentar ao eleitor suas propostas de governo, deixando de lado o discurso de ódio. É esperar para ver. (Foto reprodução internet)
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