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MDB decide por candidatura própria, mas está dividido e em crise

O MDB decidiu aprovar ontem a proposta de candidatura própria ao governo do Estado, sem a participação da maior parte das bancadas federal e estadual. O presidente regional da legenda, vice-governador Antônio Andrade (foto), conseguiu aprovar por 353 votos a 12 a proposta de candidatura própria. Após essa decisão, ele defende que o partido devolva todos os cargos no governo, nas secretarias, no segundo e terceiros escalões de governo. O presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes, não participou do encontro. Ele viajou para os Estados Unidos para tratar da venda de um imóvel, mas na semana que vem terá uma reunião com Toninho Andrada para discutir os rumos do MDB, que está dividido. As bancadas federal e estadual querem o alinhamento com o PT e com o governador Fernando Pimentel. Até a convenção do partido, prevista para o mês de julho, os parlamentares emedebistas pretendem reabrir as negociações com o governo, que andam estremecidas.

 

Durval responde com ironia a proposta do vice – governador

Para o líder do governo na Assembleia, Durval Ângelo (PT), a decisão final sobre os rumos do MDB será decidida na convenção de julho. Para ele, a reunião de ontem, convocada pelo vice-governador e presidente regional da legenda, “foi uma prévia esvaziada e que reuniu apenas uma corrente da legenda e poucos deputados estaduais e federais”, criticou. Segundo o deputado, PT e MDB estão juntos há 24 anos. “O PT vai continuar trabalhando para manter a aliança com o MDB. Se não para o primeiro turno, para o segundo”, disse. Durval Angelo ironizou a recomendação do vice-governador Antônio Andrade, para que o MDB se afaste definitivamente do governo do Estado, entregando os cargos que ocupa. “O vice-governador é a pessoa que mais tem cargos e parentes na administração pública. Ele deveria começar ‘de casa’. Eu tenho a lista e posso publicar, até”, desafiou. Ele assegurou que se alguém quiser entregar o cargo por decisão pessoal, o PT vai aceitar a decisão. O deputado disse, ainda, que Antônio Andrade teve o seu poder esvaziado pelo governo porque, antes mesmo de completar um ano de mandato, já havia iniciado a conspirar para tirar Fernando Pimentel e assumir o governo de Minas. “Ele é o Temer mineiro”, declarou.

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