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Blog do PCO

Não espere mudanças. O quadro mostra que elas não virão

O brasileiro que se prepare, pois a julgar pelo quadro atual, ainda teremos muitos anos de chuvas e tempestades. Nada, mas nada mesmo, indica que o Brasil vai mudar. Continuaremos a ser o país do futuro, mas com práticas e pseudos líderes com discursos do passado. Gente que promete solucionar os grandes problemas nacionais com tapas na mesa. O velho discurso político populista está de volta. Os pais da pátria vão saindo da lama com suas soluções fáceis e promessas de força e rigor para promover mudanças. Impressionante como agrada aos ouvidos da massa de eleitores o discurso raivoso, os xingamentos aos adversários. O machão brasileiro está aí desfilando pelas pesquisas, como se o país precisasse mais de testosterona do que de cérebro, competência e capacidade de liderança. O vazio do debate político, faltando muito pouco tempo para as eleições, assusta. Bolsonaro, por exemplo, avisa que terá o pior programa de governo, insinuando que nele proporá as mudanças de que o país necessita, como se elas fossem ruins. Brinca com assunto sério, como Ciro, que, a julgar pelo que anda dizendo, apresentará ao país o programa do fim do mundo. É que tem, até aqui, se limitado a criticar adversários de todos os matizes, como se todos estivessem errados e ele ser o único certo, guardião das soluções divinas. Alckmin continua o mesmo, sem transmitir qualquer sentimento pois, ao que parece, não tem ainda a convicção de que será o candidato “tucano”. Marina continua Marina. Já Lula mantém o discurso de candidato mais como peça de defesa do que de campanha. Precisa tentar manter-se no noticiário político para dar discurso aos seus seguidores. Até aqui funcionou, mas há sinais de que a estratégia se enfraquece na medida em que ele passa os dias na cadeia. Parece até que militantes menos convertidos começam a entender que não haverá candidatura. Sentimento que já domina também a parcela que pensa, mais independente no PT, que tenta articular uma candidatura alternativa, situação que apavora Lula. Os que poderiam ser o novo não decolam, embora Álvaro Dias, nem tão novo assim, consiga aparecer nas pesquisas. Os outros são caras novas com discursos pouco convincentes. A esperança fica com Meirelles (foto) que ainda não conseguiu entusiasmar nem o MDB, legenda a qual se filiou, pensando em ser candidato. Por seu passado poderia ser um bom presidente. Lamentavelmente se filiou a um partido que tem apenas passado. Sem presente e muito menos futuro.

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