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Blog do PCO

O ataque que Pacheco não merece

Na constelação da classe política brasileira, salpicada por casos escabrosos de personagens corruptos, temos que separar, minimamente, os parlamentares que merecem o nosso respeito daqueles que, ao ouvirmos o nome, associamos instantaneamente à malversação de recursos públicos, a escândalos indeléveis. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (foto) PSD-MG, até o momento, está no patamar do respeito devido por nós, os eleitores e cidadãos mineiros.

Nos últimos dias, a imprensa, baseada numa entrevista atabalhoada do senador Marcos do Val (Podemos-ES), que alegou ter sido “mal-interpretado”, apontou sua mira para o senador mineiro. Do Val teria sido “agraciado” com R$ 50 milhões do orçamento para destinação às suas bases eleitorais, numa espécie de “agradecimento” por ter apoiado Pacheco para a Presidência do Senado. O senador capixaba negou que tenha recebido os recursos em troca do apoio.

Vamos aos fatos. Pacheco não recebeu emendas em 2020, um ano antes de se tornar presidente do Senado. No ano seguinte, já no cargo, criou mecanismos para tornar o orçamento mais transparente, para a população ter conhecimento de quem recebeu, qual valor repassado e para onde foi destinado o recurso. Instado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o senador encaminhou à Suprema Corte as informações necessárias. Tanto que a ministra Rosa Weber liberou e normalizou o fluxo das emendas de relator por entender que elas são um mecanismo, próprio da política, eficaz para fazer chegar o dinheiro público a quem mais precisa nos diversos rincões brasileiros.

Pacheco, na condução do Congresso, tornou-se referência em um dos momentos mais graves da história recente do país, que se viu mergulhado em uma pandemia que teria ceifado muito mais vidas, caso não houvesse a formulação e aprovação de leis que permitiram a aquisição de vacinas e na distribuição de renda aos mais pobres. Destacou-se como um mediador de conflitos entre os poderes (leia-se Executivo contra o Judiciário) e defendeu a democracia, além das urnas eletrônicas, de ataques constantes e sem embasamento. Portanto, na atual conjuntura nacional, precisamos, a bem da verdade, preservar as lideranças que se portam de maneira lúcida, transparente e republicana, em meio a um cipoal de figuras públicas histriônicas, muitas com processos consolidados na esfera judicial, e que despejam uma verborragia perigosa e nefasta contra a nossa democracia.

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