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Pimentel diz que assistimos a um massacre da classe política

Paulo César de Oliveira
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“Vivemos tempos difíceis, em que o ódio e a intolerância política, alimentados pela manipulação descarada das informações, estão nublando as vistas e as mentes das pessoas no Brasil”. A declaração, em tom de desabafo, é do governador Fernando Pimentel (foto), feita em uma cerimônia de entrega de ambulâncias, ontem, no Palácio da Liberdade. Para Pimentel, o cidadão é induzido ao erro nas suas avaliações, em função da intolerância que domina o cenário político no país. “ Tempo em que acusações, mesmo mentirosas, desacompanhadas de qualquer evidência ou prova material, ganham espaço nos noticiários e transformam o acusado em culpado. Antes de qualquer procedimento legal, o sujeito é acusado por alguém e é considerado culpado, e começa a ser execrado pelo noticiário político, sem que tenha sido assegurado a ele o menor direito de defesa. O que nós estamos assistindo é um massacre da classe política no país, e é com isso que devemos ter cuidado. Porque, se massacrarmos a democracia e a política, não vai sobrar nada nesse país. Nós já vivemos a ditadura e sabemos o que é. E olha que nós estamos nos aproximando perigosamente de um estado de exceção no Brasil, ainda que sob o manto do Estado de Direito”, disparou Pimentel para os prefeitos. O governador foi acusado pela marqueteira Mônica Moura, mulher de João Santana, responsável das campanhas eleitorais de Lula e Dilma, de ter recebido R$ 800 mil de caixa2 para pagar dívidas da campanha do petista Patrus Ananias à prefeitura de Belo Horizonte em 2012.

 

Crise econômica

Durante o evento no Palácio da Liberdade, Pimentel reafirmou que não vai atender as exigências do governo federal para conseguir ajuda para equilibrar as contas públicas do governo de Minas. Minas Gerais já disse em alto e bom som: nós nos recusamos a fazer ajuste fiscal cortando gasto social. “Não vai ser prejudicando o servidor público e a prestação de serviços que vamos equilibrar as nossas contas. Nós vamos equilibrar as nossas contas aprovando os projetos que a Assembleia vai examinar agora”. Pimentel elevou o tom em relação ao governo federal e dizendo que “o que estamos assistindo no Brasil, é o terceiro ano de recessão econômica, de queda do Produto Interno Bruto (PIB), com queda da receita pública e com um desemprego que já chega a 14 milhões de trabalhadores brasileiros. E, no entanto, a inflação caiu e o juro da dívida pública brasileira continua o mais alto do mundo. Falta dinheiro lá em Brasília, sabe para quê? Para saúde, educação, segurança pública. Para pagar juro, não. Esse está sobrando, é abundante. Nós estamos pagando um juro de 14,5% ao ano para uma inflação que mal chega a 4,5%”

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