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Pimentel e Adalclever posando para a foto

Paulo César de Oliveira
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Um dia após aceitar encaminhar o pedido de impeachment do governador Fernando Pimentel (PT) (foto), o presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes (MDB) (foto), foi só sorrisos com Pimentel, durante a abertura oficial da safra mineira da cana de açúcar, em Uberaba, no Triângulo. Adalclever apresentou uma longa lista de queixas e para a conversa entre os dois avançar, avisou que não aceita a candidatura de Dilma Roussef ao Senado, na chapa de reeleição. Outro motivo da irritação de Adalclever é a possível indicação do Secretário da Casa Civil, Marco Antônio Rezende, para a vaga aberta no Tribunal de Contas do Estado. Para evitar constrangimentos, alguns assessores de Pimentel sugeriram que ele não participasse do evento, mas ele resolveu arriscar e reabrir o diálogo com Adalclever, o que para a plateia, parece ter dado certo. Em seu discurso, considerou o impeachment como um incidente. O emedebista, no entanto, foi lacônico e comentou apenas que ninguém está torcendo para dar certo ou errado, em relação ao impeachment e que ele, como presidente, não vota.

 

Seguindo o rito

Adalclever Lopes convocou para a próxima quinta-feira, uma reunião da Mesa diretora da Assembleia, para definir qual será o rito do pedido de afastamento de Fernando Pimentel. O propósito é sentir o clima na Casa sobre o assunto, que pegou todos de surpresa. Para que o pedido seja aprovado são necessários 52 votos favoráveis ao pedido de impeachment – 2/3 da Assembleia. O líder do governo Durval Ângelo não acredita que o processo vá adiante e até a oposição já fala em pizza. Ou seja, o processo foi só para mandar um recado para o governador abrir negociação com o MDB. O custo dessa conta, no entanto, será alto.

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