O clima no PSDB é tenso. Há uma forte resistência na condução que está se querendo dar em relação ao caminho que o partido vai tomar nessas eleições. Sem um nome para colocar na disputa, os senadores Antonio Anastasia e Aécio Neves, tentam levar a discussão em torno do nome de Rodrigo Pacheco, que vai disputar o governo de Minas pelo DEM. A resposta a esta investida foi uma forte rejeição a uma coligação, principalmente porque dentro do grupo político liderado pelo PSDB, pelo menos duas outras candidaturas estão sendo trabalhadas desde o ano passado: a do ex-deputado Dinis Pinheiro (PP) que tem viajado por várias cidades do interior do estado desde o ano passado se preparando para a disputa. O mesmo acontece com o ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB), que passou por mais de 100 municípios mineiros no ano passado. Os tucanos mineiros não querem aceitar a imposição de um nome, como aconteceu na última eleição e se mantém dividido, como todo o grupo político.
Pressão para que Anastasia dispute
Como desdobramento da divisão interna da legenda, a bancada federal mineira do PSDB se reuniu ontem em Brasília e decidiu se posicionar a favor do lançamento de candidatura própria ao governo do estado. Pesaram na decisão, segundo o presidente do diretório estadual, deputado Domingos Sávio, o fato de o PSDB ser o maior partido de oposição ao PT e ter aliados históricos que desejam derrotar o PT. Outro fator, segundo ele, é a necessidade de se criar um palanque forte para a candidatura de Geraldo Alckmin à presidência da República. Os deputados também decidiram aumentar a pressão para que o senador Antonio Anastasia (foto) se candidate, já que o entendimento é de que ele é o nome natural do partido. O nome, no entanto, será definido em conjunto com os aliados políticos do PSDB. Em relação à decisão de Anastasia em entrar ou não na disputa, até o momento é um sonoro não.