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Tribunal Eleitoral não sabe como controlar redes sociais e caixa2

Tem razão o ministro Gilmar Mendes na sua obsessão, que parece ser também a de seu futuro substituto, Luiz Fux (foto), com a influência das notícias falsas, as “fake news”, nas eleições deste ano. Este será o grande desafio do Tribunal Superior Eleitoral para assegurar a legitimidade da disputa junto, é claro, com o controle dos financiamentos das campanhas que nem os mais ingênuos acreditam que estarão isentas de recursos ilegais. Disputa eleitoral, mesmo as indiretas, todos sabemos que não têm regras. Vale tudo, só não vale perder. A disputa, advertia Tancredo Neves, é coisa para profissional, não para amadores. Esta então será bem especial. A tecnologia disponível e a radicalização da disputa, que se pode atribuir em grande parte do desespero de Lula, que faz disto seu instrumento de defesa, indicam que teremos uma eleição suja. A própria Justiça Eleitoral reconhece que terá poucos instrumentos para controlar mais do que o uso, o abuso nas redes sociais e da internet. O fato da campanha ter apenas 40 dias praticamente inviabiliza qualquer providência para que, identificada uma notícia falsa capaz de denegrir a imagem de candidatos, a Justiça tenha como determinar sua retirada. Ainda mais que, em muitos casos, os sites usados para este tipo de ação, estão sediados no exterior. Se nem na campanha presidencial americana este controle foi possível, como pensar ser viável no país, onde a Justiça é lenta e, quando chega a decidir, tem a incapacidade de fazer valer suas determinações. Se a guerra das falkes news assusta e é repugnante, muito mais nojento é o resultado que produz, pois tira a legitimidade dos eleitos. Abre a chance, a quase certeza, de que chegarão ao poder pessoas sem escrúpulos, que, por atração de seus iguais, governarão com um bando sem limites, que não se importou com os métodos para atingir o Poder e que, por via de consequência, como gostava de dizer Aureliano Chaves, vai usá-lo da forma que entender. Fazer o quê? Bom, esta é a resposta que se busca. Será possível mesmo fazer algo, que não seja cada eleitor usar a sua consciência e o seu discernimento? Se existir outra solução, que ela seja mostrada, urgentemente. Por enquanto, a solução para os que creem, é orar e vigiar.

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