Hoje, primeiro de maio, é Dia do Trabalhador ou do Trabalho, como queiram, em vários países do mundo. Dia criado para lembrar a revolta de trabalhadores, no final dos anos 1880, em Chicago, em defesa de melhorias de condições de trabalho e salários mais justos. No Brasil o feriado de 1º de maio foi criado no governo de Arthur Bernardes, mas Getúlio Vargas (foto/reprodução internet) cuidou de transformar o feriado em Dia do Trabalho, buscando tirar da data o caráter reivindicatório que levava às ruas da maior parte do mundo os movimentos dos trabalhadores e busca de melhorias. Vargas passou a usar a data para anunciar benefícios para os trabalhadores e foi num primeiro de maio, em 1943, que promulgou a CLT- Consolidação das Leis do Trabalho, que até hoje, com muitas modificações, rege as relações de trabalho no país. Bom, mas isto é história, ficou no passado. Hoje temos uma realidade preocupante para o trabalho e para o trabalhador. O desenvolvimento tecnológico tem roubado muitos empregos e todas as áreas e o trabalhador fica refém desta realidade, submetendo-se à informalidade, sem a proteção da octogenária CLT, sendo obrigado a abrir mão de seus direitos. Hoje, segundo as pouco confiáveis estatística oficiais, 40% dos trabalhadores estão na informalidade e, outra dura realidade, quase 9% desempregados. Isto sem falar nos empregados que recebem remuneração insuficiente para suprir suas necessidades básicas como, voltando às estatísticas oficiais, os quase 39 milhões de brasileiros que recebem o salário-mínimo cujo valor é menos de um quinto do necessário para cobrir aquilo que a Constituição define como direito básico do cidadão. A situação do trabalhador e dos que esperam uma oportunidade de trabalho é realmente preocupante. Não há nada a ser comemorado. Há muito a ser pensado. Muito a ser feito para melhorar o trabalho em benefício do trabalhador. Sem demagogia.
Um dia de reflexão
