Logo
Blog do PCO

Um pacto por Minas com menos presença do Estado

“O Estado brasileiro virou o câncer do Estado brasileiro. É o parasita matando o hospedeiro. Ele está dominado por corporações que defendem, em proveito próprio, bandeiras que a sociedade aceita”. Este quadro político, mais a qualidade dos candidatos que, de um modo geral considera ruim, preocupam o presidente da Fiemg, Flávio Róscoe que defende o voto em candidatos que são favoráveis a menos Estado e que não atrapalhem nem demonizem os investidores. Ele não defende nomes. Por causa deste excesso de presença do Estado, Róscoe (foto) está liderando um movimento que chama de “Pacto por Minas”. Segundo ele, Minas, há algum tempo, não tem recebido novos investimentos. Ao contrário, tem perdido empresas. Nos últimos dez anos foram quinze grandes empresas que deixaram de operar aqui. A causa, segundo ele, é a burocracia ambiental. “Não se consegue resolver uma licença ambiental em Minas com menos de oito, dez anos. Mesmo para casos de expansão de atividade.”  Só a Vale teria noventa projetos em análise. Róscoe admite que a situação tem melhorado um pouco. “Hoje pelo menos o governo já consegue liberar número maior de projetos do que os que entram para análise”.

 

Faturamento cresce, mas emprego diminui

O presidente da Fiemg apresentou ontem números da economia mineira que mostram um crescimento do faturamento real da Indústria Geral de 26,8% em junho, após uma queda excepcional de 16,2% em maio. O salto no faturamento foi puxado pelo retorno à normalidade das atividades da Indústria Extrativa e da Indústria de Transformação, após a greve dos caminhoneiros. As horas trabalhadas voltaram a crescer na Indústria de Transformação mas na Indústria Extrativa não avançam desde 2017 por causa de paralisação de indústrias do setor. Os demais indicadores industriais- emprego, massa salarial e rendimento médio real- recuaram em relação a maio. Róscoe acredita que o impacto mais forte da greve dos caminhoneiros já passou, mas antecipa que as consequências do movimento continuaram, por algum tempo ainda, influenciando os custos industriais, especialmente o tabelamento do frete, aprovado pelo Congresso.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *