Oito de janeiro de 2023. Oito de janeiro de 2024. Um ano da malsucedida tentativa de golpe. Não adianta negar. Houve sim uma tentativa de golpe, de quebra do regime democrático com a utilização de pessoas, que não podem ser chamadas de cidadãos, despreparadas politicamente que agiram por interesse próprio e muitas delas recompensadas financeiramente, para criar um ambiente de instabilidade que levasse as Forças Armadas a agirem. O plano só não deu certo porque não houve coesão entre os militares. Um ano depois, onde estão os culpados pela tentativa? Até aqui se puniu os “buchas de canhão”, os alegres imbecis que invadiram os prédios públicos, destruindo bens que fazem, ou faziam, parte de nossa história. Claro que eles devem ser punidos pois foram agentes da violência. Mas, e os outros? Os que financiaram ou que asseguraram impunidade durante o tempo de preparação dos atos. Ou não são culpados os que garantiram os acampamentos dos baderneiros diante de quartéis? Permitiram uma ilegalidade em nome da democracia, do direito dos cidadãos? Teriam o mesmo comportamento de os acampados fossem militantes do MST, ou dos Sem-teto? Além dos mil e tantos baderneiros que serão julgados pelo STF por crimes contra a democracia há muitos omissos e incentivadores ativos com impunidade garantida. As comemorações de um ano da salvação da democracia, marcadas para hoje, são justas e precisam ser respeitadas. Que não sejam transformadas em atos populistas demagógicos. Até porque muitos dos que chamam para os atos de desagravo hoje, cometeram falhas e omissões na prevenção dos atos de baderna e agressão à democracia. Falham os que se recusam a participar das solenidades. Esquecem-se de que são hoje “autoridades” por viverem uma democracia que se recusam a defender. (foto/reprodução internet)
Uma data para ficar na memória
