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Corretora Solutions garante assistência aos clientes mesmo na crise

Paulo César de Oliveira
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Com o mundo em crise, um setor tem se mostrado importante, não só para as empresas, como para as pessoas que estavam viajando para o exterior e que ficaram impedidas de retornar devido as barreiras sanitárias impostas: o das seguradoras. O empresário Sérgio Frade (foto), da Corretora Solutions Gestão de Seguros, comemora os 19 anos da empresa em plena crise e com uma nova visão de mercado. Ao contrário de outras seguradoras que não são obrigadas a prestar ajuda em casos de pandemia, a Solutions garantiu o atendimento nos hospitais e outras surpresas que os turistas estão encontrando pelo caminho.

 

Como é comemorar 19 anos em plena crise do coronavirus?

Posso dizer que temos um sentimento da responsabilidade e da importância do nosso papel neste momento. Nós estamos conscientes da necessidade de um empenho maior junto aos nossos clientes. Isso porque tudo o que está acontecendo tem impacto nas apólices de seguro. Se uma pessoa vem a falecer em decorrência do coronavirus, ela vai ter que ser assistida para que seus beneficiários recebam o seguro de vida. Nós fazemos todo esse atendimento, esse suporte. Nos planos de saúde é a mesma coisa. As pessoas querem saber se os planos darão cobertura, qual o hospital irá atender, onde pode fazer o exame. Tem outro segmento, o de seguros empresariais, onde, se por exemplo, uma empresa está parando com a sua atividade, ela tem que informar para a seguradora que a atividade está paralisada, que os sistemas de proteção serão colocados para funcionar. Com o home office, muitas pessoas estão levando computadores e equipamentos para casa, mudando assim, o local de risco e isto tem que ser colocado na apólice de seguro. Quando a seguradora fez a análise do escritório, ela fez a análise daquele local, considerando os riscos, o alarme, a portaria e pode ser que na casa do funcionário não tenha nada disso. Tem que informar. No seguro de locação de imóveis nós estamos prevendo que poderá ocorrer um volume grande de inadimplência e com isso o locador não receber do inquilino. Se ele tem seguro, ele poderá acionar a seguradora para pegar a indenização. A seguradora vai entrar com a ação de regresso para receber o aluguel que não foi pago. Nesse momento, para nós, está tendo um trabalho bastante relevante de assistência aos nossos clientes. Nós estamos fazendo 19 anos em um momento crítico, mas conscientes e preparados para atender os nossos clientes nesse momento de calamidade.

 

Estamos percebendo que o seguro é importante também para quem viaja. Quem não conseguiu retornar para o Brasil, está em navios ou nas áreas de maior risco, como o seguro age nesses casos?

O tema é extremamente sensível porque várias pessoas estavam no exterior no momento em que a OMS declarou a pandemia do coronavirus. A partir desse momento as apólices de seguro de viagem passaram a excluir o atendimento de assistência médica. As apólices de viagem possuem uma cláusula para não dar cobertura em casos de pandemia, quando anunciadas por um órgão competente, que no caso é a OMS. Isso criou uma situação extremamente delicada para todas as pessoas que estão viajando. Imagina essas pessoas que estão viajando e precisam de atendimento médico, usar um hospital, o que é muito caro? Felizmente no caso da Solutions, a seguradora tomou, e é a única no Brasil, a decisão de garantir todos os seus clientes que estão em viagem. Eles passaram a ter a cobertura, como se fosse colocado em prática o que está no contrato. Praticamente todas as seguradoras não cobriram.

 

Como está a situação financeira dessas seguradoras diante dessa pandemia?

As seguradoras estão muito ricas. Elas têm reservas para isto. Elas estão regulamentadas e em princípio não há nada que possa sinalizar problemas. Elas podem ter despesas e indenizações, mas nada indica que elas possam ter problemas de liquidez.

 

O setor vinha crescendo, mesmo com a economia caminhando devagar. Com a crise, como ficaram as expectativas para este ano?

Toda vez que a economia vai bem, o mercado de seguro vai bem também. O que pode acontecer é que alguns setores podem ter uma redução, como os seguros de automóveis. A queda na produção vai impactar na venda de novos veículos e de novos seguros. Se houver um número grande número de demissões, isso afeta renda e crédito, o consumo diminui. O seguro de viagem internacional também está totalmente paralisado pois esse mercado reduziu drasticamente e isso afeta diretamente as empresas. O seguro de obras vai depender da retomada da economia. Se o governo for investir em infraestrutura como está previsto, aí esse setor se mantém. Nos mais tradicionais, os de empresas, as grandes empresas não irão deixar de fazer, vai afetar mais as micro e pequenas empresas. O seguro de vida e de saúde, com a diminuição dos empregos, eles também serão afetados. É um cenário não muito interessante para os planos de saúde. O setor vinha crescendo sim e pode ser que eu chegue ao final do ano talvez com o mesmo volume ou com um crescimento muito pequeno. A tendência não é mais a de acompanhar o crescimento dos últimos anos.

 

São 19, passou por Fernando Henrique, Lula, Dilma, Temer e agora, Bolsonaro. Qual governo foi mais difícil?

Nós tivemos o momento mais difícil em 2008. Nós estamos vivendo uma crise, mas em 2008 nós tivemos um momento crítico por causa da crise econômica, com muito desemprego, com a economia bastante prejudicada, foi um momento crítico. Mas igual ao que estamos vivendo devido a pandemia, nós nunca vivemos. Essa crise vai afetar mais o mercado financeiro. Essas mais de duas mil mortes, as seguradoras irão pagar. Muita gente não tem seguro, mas os que têm darão um impacto financeiro nas seguradoras. Em 2008 nenhuma fábrica ficou 30 dias fechada como agora. Os micro empresários, restaurantes por exemplo, vão sentir muito. Outros como de insumos, de produtos médicos, supermercados estão bem. Tem outro lado, que a crise cria oportunidades. Uma coisa que estamos trabalhando fortemente é a garantia judicial dos depósitos judiciais. A empresa está com uma discussão judicial com o governo, ou até mesmo trabalhista e ela precisa apresentar uma garantia para o Judiciário e faz um depósito Judicial. Agora nós temos o recurso judicial, em vez de entregar o dinheiro nesse depósito, ela entrega uma apólice de seguro. A empresa não tira dinheiro do seu caixa, ela pode continuar com seus investimentos. Existe uma demanda enorme de recursos na Justiça e estamos investindo nisso. São oportunidades que surgem nesses cenários de crise, ajudando a empresa encontrar o seu caminho. Estamos satisfeitos por chegarmos a esses 19 anos com um espaço muito bom no cenário coorporativo. Estamos entregando um serviço que as empresas consideram relevante para os seus negócios e estar presente nessas grandes empresas mostra que estamos entregando um bom serviço.

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