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Agronegócio, sustentabilidade e segurança alimentar

O ministro da Agricultura, Marcos Montes, defendeu ontem no almoço palestra do Conexão Empresarial, evento promovido pela VB Comunicação, a agricultura como um importante player brasileiro. Segundo ele é preciso mostrar ao mundo o quão promissor o setor é, não só para o país, como para ajudar a abastecer e alimentar o mundo. Esse um dos motivos que tem levado o ministro da Agricultura, Marcos Montes, a continuar com a agenda de viagens da ex-ministra Tereza Cristina e viajar pelo mundo mostrando as várias faces da agricultura e da pecuária brasileira. Os seus próximos destinos são a Alemanha e a França, dois países que, segundo ele, temem que a expansão do agronegócio brasileiro os afete. Esse foi um dos temas do almoço palestra do Conexão Empresarial, evento promovido pela VB Comunicação, com o ministro Marcos Montes. Mas um dos pontos que mais preocupa o país e o mundo, diz respeito ao desabastecimento de alimentos e esse é um dos principais focos do agronegócio brasileiro. O Conexão Empresarial com o ministro Marcos Montes teve o apoio o patrocínio da Anglo American, Drogaria Araujo, Líder Aviação, Rede Mater Dei de Saúde e Urbana Mídia, com apoio da AngloGold Ashanti. 

Cartão de visitas

Nas viagens que o ministro Marcos Montes diz que tem feito para apresentar o agronegócio brasileiro, um dos principais cartões de visita apresentados pelo governo é a Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, criada em 1973 pelo então ministro Alysson Paulinelli, que também participou do Conexão Empresarial. A Embrapa, segundo Montes, é reconhecida internacionalmente e coloca o Brasil na vanguarda. Ele lembra que em um encontro recentemente com uma representante da ONU, foi feito um apelo para o que Brasil continue avançando no setor para ajudar a alimentar o mundo. A segurança alimentar, segundo Marcos Montes, é um ponto importante na pauta brasileira e esse é um risco no mundo inteiro. “Vamos alimentar o mundo com a capacidade que temos. Nós temos uma produção sustentável e sustentabilidade é hoje uma grande questão em todo o mundo”, ressaltou durante a sua palestra para políticos, empresários e representantes da sociedade que participaram do Conexão Empresarial. A sustentabilidade do agronegócio brasileiro é um dos pontos mais questionados, principalmente na Europa, segundo Marcos Montes, que tem como resposta aos críticos, os investimentos em inovação tecnológica e os avanços com as pesquisas nas universidades, nas empresas e pelo governo. Para o ministro, “nós estamos preparados para ajudar a alimentar o mundo”.

Código Florestal

O ministro citou também o Código Florestal brasileiro, considerado um dos mais avançados do mundo e que neste ano completa 10 anos, como um outro cartão de visitas. O documento foi construído quando ele ainda era deputado federal e representante da Frente Parlamentar da Agricultura. A questão é que alguns países desconhecem esse a legislação brasileira.

Por outro lado, um dos aspectos importantes observado pela ONU, foi que durante a pandemia da Covid, o agronegócio foi um dos poucos setores que não parou. A produção no campo continuou com carga total ajudando a abastecer o Brasil e outros países em um momento “extremamente desafiador”. A decisão de continuar com a produção ajudou o país a minimizar os problemas causados com o abastecimento de alimentos no Brasil e a evitar uma queda ainda maior na economia, fortemente afetada pela paralisação de outros setores produtivos. Para Marcos Montes, foi justamente por isso que o Brasil, apesar dos problemas, saiu a frente de muitos países das dificuldades impostas pelos longos meses de isolamento social. Mas justamente quando as coisas caminhavam para a normalidade, que “passamos da Covid para o conflito” entre Rússia e Ucrânia, observou o ministro. A guerra trouxe um risco para o mundo inteiro e, mais uma vez, o principal temor foi em relação a segurança alimentar, a de faltar alimento para atender a toda população mundial. Um dos pontos levados em consideração para evitar o desabastecimento é em relação trabalho de pesquisa e afirmou que “o que mais impactou foi a questão do trigo. Com a guerra na Ucrânia, uma grande produtora, a oferta caiu. Mas o Brasil está se reinventando. A Embrapa já provocou um tipo de trigo que o cerrado aceita, estamos aumentando nossa produção”.

Dependência de fertilizantes

O ministro Marcos Montes falou aos empresários também comentou que a inflação também foi um reflexo dessa guerra e mesmo com o país aumentando a sua produção de grãos, a dependência quase que total de fertilizantes aumentou o custo da produção e foi direto para o bolso do consumidor. Essa situação fez com que o Ministério da Agricultura criasse o Plano Nacional de Fertilizantes para colocar em prática projetos para acabar com essa dependência. Um dos efeitos desse trabalho, segundo o ministro, foi a redução em quase 40% do preço da ureia importada pelo Brasil. Mas esse é só um dos produtos. Marcos Montes disse que esteve em Marrocos e conseguiu firmar uma parceria para a instalação de uma fábrica de fosfato no Brasil. Questionado sobre os recursos para o Plano Safra 21/22, Marcos Montes disse que em uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, foi ressaltada a importância de o país investir no agronegócio e por isso a decisão de investir R$ 24 bilhões para que o Brasil continue produzindo. Esse, segundo ele, será um Plano Safra mundial, um plano robusto para dar ao mundo o que ele precisa, que são os alimentos”. Citando o ex-ministro Roberto Rodrigues, Marcos Montes falou que “só há paz no mundo se houver alimento para todo mundo”, e é nesse sentido que o Brasil está trabalhando. Apesar dos avanços nas várias áreas do agronegócio, Marcos Montes ressalta que um dos pontos fracos do país sempre foi comunicação. “Sempre perdemos a batalha da comunicação” e segundo ele, isso acontece porque há uma falha para mostrar à população sobre a importância do setor. Ele ressalta que os produtos orgânicos jamais serão produzidos em escala suficiente para abastecer o país e afirma que os agrotóxicos, são usados como os antibióticos, na medida certa.” (Foto Tião Mourão)

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