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Analisar bem antes de ajudar

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy (foto), disse nessa sexta-feira (10), durante reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), em Goiânia, que o governo espera dar – em breve – encaminhamento às solicitações de empréstimos feitas por estados. Levy ressaltou, no entanto, que, antes de atender aos pleitos, o governo verificará as implicações da “realidade fiscal” do país e a necessidade de equilíbrio das contas públicas. “Certamente temos que dar um ordenamento que permita também aos estados se programarem tendo a realidade que o espaço fiscal da Federação suporta, mas com um elemento de previsibilidade”, disse ele, durante a abertura do evento.O ministro informou que toda a equipe do Ministério da Fazenda estará disponível para trabalhar com os estados para incentivar investimentos e evitar embaraços à evolução arrecadadora de impostos. “A União é uma só: mas a Federação é composta por estados, municípios, governo federal – mais a [própria] União. Somos entes de uma mesma federação. Este é o princípio que rege o nosso relacionamento com os diversos entes do país.”

 

A crise exige uma nova forma de agir

Segundo Levy, o projeto que obriga a regulamentação da mudança do indexador da dívida dos estados e municípios, que está sendo examinado pelo Senado Federal, vem sendo acompanhado com atenção pelo governo. Levy acrescentou que, da parte do governo, há uma preocupação de prestar aos estados todo o auxílio necessário para que a questão seja resolvida de forma produtiva. O ministro disse que o Brasil vive no momento um ciclo importante tanto de desenvolvimento interno quanto de inclusão na economia global. Segundo ele, no caso da economia global, a mudança começou nos anos de 2011 e 2012. “Nem todos perceberam mas a situação era a seguinte: a resposta inicial dos países, com o choque de 2008, começou a se alterar. Pela primeira vez na história, houve uma grande coordenação global que permitiu que a China fizesse uma política anticíclica voltada para grandes investimentos e com uma grande demanda de matérias-primas, que sustentou o preço das nossas commodities”, exemplificou. Para o ministro, a estratégia agora tem de mudar: é necessário que o governo dê andamento a um rearranjo de certos procedimentos visando a aumentar a confiança dos agentes econômicos. “Até o governo anunciar o ajuste fiscal, todo o mundo vinha se retraindo”. De acordo com Levy, o Brasil precisa dar início a um novo ciclo de crescimento. O papel da União, nesse processo é “olhar para a frente” e dar condições para o retorno dos investimentos, disse o ministro. “O retorno dos investimentos é perfeitamente possível: a União não vai virar as costas para as oportunidades que surgirem”, concluiu.

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