Por: Flávio Penna
Tradicional aliado do PT, o PC do B se prepara para voo solo nas próximas eleições, com lançamento de candidaturas nas cidades com mais de 100 mil habitantes na maioria dos estados brasileiros. Em Minas Gerais, o objetivo é o de reeleger o prefeito de Contagem, Carlin Moura, manter as outras quatro prefeituras conquistadas em 2012 (Francisco Sá, Lassance, Pintópolis e Jaíba, todas de pequeno porte) e avançar com candidaturas em Belo Horizonte, Betim e Juiz de Fora. A deputada federal Jô Morais (foto) diz nesta entrevista, que não faltam nomes para a disputa e garante que a decisão do partido entrar na disputa sem o PT não é devido ao desgaste sofrido pelos petistas junto ao eleitorado.
Como o PC do B está se preparando para as eleições do ano que vem?
Para 2016 será preciso explicitar a cara de todos os programas, em todos os partidos. Nós só vamos sair dessa crise se discutirmos propostas. Isso será muito benéfico para a democracia e para o país. Ruim é quando o debate de propostas fica contaminado por disputas rebaixadas O PC do B, na sua reunião nacional definiu que deve lançar candidaturas na maioria das cidades com mais de 100 mil habitantes, cujas condições partidárias sejam favoráveis. No caso específico de Minas, nós vamos ter candidatos em Belo Horizonte, Contagem, Betim e Juiz de Fora. Em Belo será pela necessidade política da gente.
O que o partido está conduzindo nesta discussão?
Nós vamos discutir o que está por vir, o que a gente precisa em Belo Horizonte. Qual o poder da cidade, como fazer com que a população vire dona da cidade. Em Contagem nós não temos dúvida de que foi uma vitória muito importante e o prefeito Carlin Moura está com um projeto ousado de investimentos, de R$ 600 milhões em obras em curso na cidade. Em Betim, o deputado Geraldo Pimenta se apresenta com muita possibilidade. Em Juiz de Fora, o deputado federal Watson Ribeiro, aparece como uma alternativa real. O PC do B é um partido que cresce. Nós também estamos fazendo encontros macro regionais. Nós fizemos no norte de Minas, na Zona da Mata, no sul de Minas, na região metropolitana. Nós vamos fazer um balanço desses encontros. Temos tido oportunidades importantes nesses encontros.
Os nomes para a disputa em Belo Horizonte?
O meu e o do Caixa (deputado estadual Mário Henrique Caixa, que ocupa atualmente a Secretaria de Turismo do Estado). O Caixa teve uma votação muito grande e eu tenho uma história nessa cidade, onde fui vereadora pela primeira vez em 1997. Vamos discutir qual será a melhor alternativa.
Parece que os partidos estão evitando uma aliança com o PT?
O PC do B não está evitando a aliança com o PT. O PC do B precisa se apresentar para a sociedade. É a hora dos partidos políticos que estão em crise reforçar a identidade, tornarem-se conhecidos da sociedade, de terem legitimidade nas suas propostas. O PC do B precisa aparecer com a sua cara, com as suas ideias. Nesse momento, não é hora para polarização política partidária. Isso não ajuda a democracia, nem a busca de alternativas e projetos. O PC do B está pensando seriamente em chapa própria para vereadores e candidaturas para prefeitos.
