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Confins aposta em crescimento forte em 2018 e na consolidação do aeroporto indústria

Considerado um dos melhores, mais confortáveis e modernos aeroportos do Brasil, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, tem buscado melhorar não só a sua infraestrutura, como o leque de empresas que trabalham no espaço. Pelo menos mais 16 empresas devem se instalar no aeroporto neste ano. O presidente da BH Airport, que administra o aeroporto, Adriano Pinho, tem boas e audaciosas expectativas para este ano. Ele acredita em um crescimento de até 10% em relação ao ano passado, criando novas rotas e destinos em parceria com as companhias aéreas. Além disso, a BH Airport também busca atrair empresas para o Aeroporto Indústria, outro projeto que tem merecido a atenção dos empresários, principalmente dos exportadores. Mesmo com a discussão na Justiça em relação a volta da operação de grandes voos no aeroporto da Pampulha, Adriano Pinho(foto) se diz confiante.

 

Qual é a expectativa da BH Airport de solução desta polêmica sobre o retorno dos voos para a Pampulha, que tramita na Justiça?

A BH Airport continua acreditando na Justiça e entende que essa portaria 911 tem algumas ilegalidades e, por isso acreditamos na sua suspensão definitiva. Obviamente, existe uma discussão de mérito importante, que nós vamos enfrentar, e todos os setores vão enfrentar, que é da conveniência e do que é melhor para o usuário, em termos de voos, de passagens mais baratas e o desenvolvimento regional. Ninguém é contra a Pampulha, nós só queremos avaliar o melhor desenvolvimento para a região.

 

Os interesses políticos acabam prevalecendo sobre as regras?

Acho que é isso que se tentou. Por sorte, as instituições existem e estão reestabelecendo o ambiente adequado de momento para discutir e corrigir as ilegalidades que eventualmente forem acontecendo e o ambiente adequado para a discussão de mérito. A política é sempre um elemento de difícil estimativa e pode afetar os mercados. Mas o Brasil é um país maduro, que tem boas instituições e que garante a estabilidade do mercado e o ambiente regulatório para dar credibilidade para os investimentos futuros. É nisto que nós sempre apostamos.

 

O aeroporto Internacional de Belo Horizonte tem um bom conceito junto ao usuário. Que mudanças tem sido feitas para adequar a necessidade dos passageiros?

Nós temos um programa chamado de Melhoria Contínua, em que nós mapeamos, a todo momento, as necessidades dos novos serviços e do aprimoramento dos nossos processos. Nós já fizemos a cobertura dos estacionamentos A e B, nós praticamos preços promocionais em alguns tipos de serviços e temos planejado a abertura de, nesse semestre, de mais 16 lojas, entre renovações e novos pontos comerciais, sendo que os pontos comerciais que estamos colocando, são serviços diferentes dos que já existem. Nós estamos buscando sempre a facilitação, com sistemas mais modernos, informação mais adequada, limpeza e entendendo as necessidades dos passageiros. Como novidade, ao longo de 2018, além dos 16 pontos comerciais que serão desenvolvidos, nós também devemos inaugurar uma sala vip internacional, que p usuário merece. O aeroporto precisa de um lounge que vai receber passageiros de todas as bandeiras, não vai ser exclusiva, e ainda criar parcerias de desenvolvimento com as companhias aéreas, para aumentar as frequências e destinos.

 

Esse aumento das frequências e destinos também implica na melhoria da economia brasileira. A aviação sente essa melhora?

Em 2017, em relação a 2016, o nosso crescimento foi de 6,8% no movimento de passageiros. Foi menor do que nós esperávamos, até porque fomos afetados pela discussão de Pampulha, mas crescemos mais do que a média do Brasil. A região metropolitana de Belo Horizonte tem potencial para crescer. Fizemos a inauguração de um voo direto para Ribeirão Preto e tivemos o fortalecimento da rota Orlando, com conexão internacional para Buenos Aires, possibilitando o fortalecimento da rota para os belorizontinos e todos os mineiros. Nós acreditamos muito no desenvolvimento de novas rotas em 2018, de forma até descolada da crise política. É do conhecimento geral que a economia se descolou da crise política.

 

Para este ano qual é a previsão da BH Airport?

Nós temos uma previsão de crescimento bastante audaciosa. Nós esperamos crescer mais de 10% em 2018, em relação a 2017. Isso baseado na expectativa de crescimento do PIB em mais de 3% e na nossa capacidade de criar novas rotas e destinos, em parceria com as companhias aéreas.

 

O aeroporto indústria foi afetado?

Nós estamos, em conjunto com as associações e instituições governamentais de fomento à indústria, tentando buscar qual o tipo de indústria se encaixa no perfil para utilizar o aeroporto indústria. O aeroporto indústria não é simplesmente um aeroporto industrial. Ele é um distrito industrial alfandegário para um tipo de produto industrial, que necessita de atividades aeroportuárias voltadas a importação e exportação. Nós estamos desenvolvendo em conjunto com outros parceiros a busca por atividades econômicas industriais em Minas Gerais, que tenham essas características. A crise atrapalhou bastante na busca por esse parceiro, mas insistimos e estamos continuando com os investimentos neste sentido.

 

Existe um tipo específico de indústria que a BH Aiport está tentando atrair?

Na verdade, é preciso importar via aérea e exportar via aérea. São poucas as indústrias que fazem isso. Talvez algumas na área de medicamentos que importam alguns princípios básicos, que exportam medicamentos processados, algum tipo de mecânica fina, em que se importa elementos, componentes e exporta o produto acabado, mas isso depende também da maturidade da indústria. Nós estamos buscando inovação tecnológica e tecnologia de ponta para preencher esse espaço, muito voltada para a evolução tecnológica. Nós acreditamos que esse tipo de indústria possa ter uma aderência bem grande ao aeroporto indústria.

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