Ontem, no Facebook, Claudia Gonçalves de Souza (foto) deu um depoimento sobre o fundador de Inhotim, que vale registro, já que Bernardo tornou-se referência de Minas no mundo: “Bernardo de Melo Paz meu ex-marido e pai de duas de minhas filhas.
Hoje vou expressar o que eu penso. Caça as bruxas. Construiu com dinheiro próprio uma maravilha jamais vista no nosso Brasil. Colocou Brasil, Minas Gerais, Belo Horizonte e Brumadinho no mapa. Inhotim gera turismo internacional, gera mais de 1000 empregos diretos, faz projetos sociais na região de Brumadinho com entrada gratuita ao público às quartas feiras, e nos demais com ingressos a R$45 por adulto. Trabalhou a vida inteira em sua empresa própria e tirou do dele para construir sua loucura. Não usou dinheiro público, nem nunca teve aspirações políticas. Jamais teve ajuda do Estado. Teve sim um sonho megalomaníaco. Isso ele é. Megalomaníaco. Mas a sua “loucura” foi criar inhotim. Suas ideias sempre foram grandiosas. Casou várias vezes e tem 7 filhos. É caridoso e mão aberta com toda família, com funcionários que torcem por ele e que hoje estão rezando por ele. Nunca contou dinheiro e sempre me disse que ia gastar tudo que ganhasse na vida. Aí está o resultado: Inhotim. Se fosse aqui, nos Estados Unidos, teria isenção de impostos. Não conheço outro inhotim no Brasil construído com dinheiro público. Sempre me disse que o maior prazer que tem em ter coisas belas e saber que todos podem usufruir e vivenciar e sentir a beleza também não de casa de paria, viaja pouco e sempre a trabalho. Raramente tira férias. Não frequenta restaurantes não compra joias não tem iates, não gasta dinheiro público. Não pagou propinas para construir nada. Bernardo teve um sonho grandioso e para muitos é louco. Mas prefiro esse louco. Brigas, já tivemos muitas. Tivemos uma vida juntos turbulenta às vezes, mas na pior hora da minha vida, já separados lá estava ele ao meu lado e ao lado de minhas filhas. Louco? Somos todos, uns mais outros menos. Defeitos? Todos os temos. Sonhos também. Quem dera que muitos sonhassem a loucura de construir um Inhotim. Força, Bernardo.”
