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Confins espera que a discussão sobre retomada de Pampulha tenha acabado

Paulo César de Oliveira
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O interesse de alguns setores em retomar os voos de grande porte no aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, resultou em meses de discussão. Moradores da Pampulha se mobilizaram contra essa possibilidade e se alinharam com o presidente da BH Airport, concessionária que administra o aeroporto Internacional de Belo Horizonte, Paulo Rangel. Em uma audiência pública na Assembleia Legislativa, Paulo Rangel (foto), falou na possibilidade de uma concorrência predatória, já que a cidade não comporta dois aeroportos recebendo aviões de grande porte. A discussão chegou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mas quem colocou um fim à polêmica foi o ministro dos Transportes, Maurício Quintela, que entendeu que a eventual retomada do terminal traria insegurança para os investidores de parcerias público-privadas, como é o caso da BH Airport, atual concessionária de Confins. Paulo Rangel acredita que a decisão reforça o acordo feito na época em que foi assinada a concessão, em um entendimento que envolveu os governos de Minas e federal.

 

A decisão do Ministério dos Transportes colocou um ponto final nessa polêmica do retorno dos voos de grande porte para o aeroporto da Pampulha?

Nós entendemos que, pelo menos, neste momento e esperamos que não haja uma mudança da política pública que foi definida, nós entendemos que ela é definitiva. Em política a gente nunca sabe se pode mudar, mas é uma decisão muito forte e ratificou o entendimento de governos anteriores tanto do estado, quanto do governo federal, em que a política para o aeroporto da Pampulha é aquela que ficou definida para a aviação regional.

 

Que estragos poderiam causar se fossem viabilizados esses voos na Pampulha? Poderia ter uma revisão do contrato de concessão?

Para chegarmos a esse ponto nós ainda teríamos muita coisa para andar, mas seria a consolidação do hub em Belo Horizonte muito dificultada porque iríamos perder voos. Uma perda de receita, evidentemente, para todos os moradores de Belo Horizonte e de Minas Gerais, que iriam perder essa conexão. Esse é o primeiro prejuízo para os passageiros de Minas Gerais. Também traria, evidentemente, uma redução substancial em receita, que é uma coisa que nós sabíamos que poderia acontecer.

 

A partir de agora, como vai ser? A BH Airport vai fazer mais investimentos no aeroporto Internacional?

Sim, continuamos com o programa de investimentos. Temos inclusive um cronograma de construção da segunda pista de pouso e decolagem e isso vai continuar no nosso planejamento.

 

Quais os recursos envolvidos?

Até o final da concessão serão mais de 3.5 bilhões. Nós já investimos cerca de 900 milhões, então temos mais de 2,5 bilhões para investir ao longo do contrato de concessão.

 

Do jeito que a economia está, o aeroporto Internacional de Belo Horizonte comporta esse crescimento?

Nós temos capacidade hoje no aeroporto para 22 milhões de passageiros. Nós só temos 10 milhões e meio neste ano. Temos muita capacidade de ampliação para mais de 40 milhões de passageiros.

 

A concessionária tem expectativa de aumentar esse número de passageiros até quando?

Hoje nós estamos passando por um momento ainda crucial na economia. Houve uma redução muito grande no número de passageiros e carga. Mas nós estamos na expectativa de crescimento.

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