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Lula vai tentar explicar diretamente a Moro de onde veio o dinheiro para compra de terreno e de mais um apartamento

O juiz Sérgio Moro decidiu ontem que o depoimento do ex-presidente Lula da Silva, marcado para o dia 13 de setembro, em Curitiba, será presencial. No despacho em que marcou as audiências para ouvir os réus do processo, Moro tinha sugerido que o depoimento de Lula fosse realizado por videoconferência. O magistrado argumentou que foi necessário um amplo aparato de segurança para garantir a tranquilidade dos trabalhos em outro depoimento prestado por Lula, no processo em que o ex-presidente acabou condenado por ter recebido propina da OAS. Os advogados de Lula, no entanto, foram contrários ao depoimento por videoconferência. Eles defenderam que o réu tem o direito de estar diante do juiz para prestar os devidos esclarecimentos, quando necessário. A defesa também arguiu que Lula já prestou depoimento em outros processos, em São Paulo e Brasília, e que nunca foi necessária nenhuma segurança adicional por isso.

 

Gravação diferenciada

No documento em que solicitaram o depoimento presencial do ex-presidente, os advogados também pediram ao juiz para fazerem uma gravação particular da oitiva. Moro, no entanto, permitiu apenas a colocação de uma segunda câmera na sala de audiências, nos mesmos moldes do primeiro depoimento de Lula. A segunda câmera captava imagens em um plano aberto, em que era possível ver também Sérgio Moro e o procurador do MPF que acompanhou o depoimento. Este será o segundo interrogatório de Lula na condição de réu, em um dos processos referentes à Operação Lava Jato, que tramitam no Paraná. A acusação contra ele neste processo é de ter recebido propina da Odebrecht para a compra de um terreno para o Instituto Lula e de um apartamento vizinho à sua cobertura em São Bernardo do Campo.  No primeiro, referente ao triplex em Guarujá, a ida de Lula gerou amplo esquema de segurança na cidade, desde a chegada ao Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, até a saída da Justiça Federal, após quase cinco horas de audiência. O esquema de segurança teve que ser montado após o PT convocar uma manifestação de apoio a Lula diante da Justiça Federal, em Curitiba.

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