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Blog do PCO

O papel do BDMG

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, o BDMG, completa 60 anos, mantendo o seu objetivo de participar do desenvolvimento econômico do estado. O presidente do banco, Marcelo Bonfim (foto), fala desse momento especial e de como o BDMG tem atuado, ajudando os municípios e os micro e pequenos empresários durante a crise provocada pela pandemia da Covid-19.

O senhor assumiu o BDMG no auge da crise da Covid-19. Como tem sido esse trabalho na busca de recursos para garantir financiamentos para esses produtores e empresários?

Nos 60 anos da história do BDMG ele tem os tido um papel relevante em relação ao banco de desenvolvimento. Nós somos um banco, mas temos também uma vertente muito grande para contribuição no desenvolvimento do estado de Minas Gerais. Quando o governador do estado, o governador Romeu Zema, permite alguns aportes de recursos para o banco, permite que nós operemos com a micro e pequenas empresas a 0,5% ao mês fixa, não existe essa taxa no mercado. Essa taxa vai vigorar até o dia 30 de abril, ou seja, 0,5% fixo, com carência 6 meses e prazo de 36 meses para pagar. O Banco faz isso nas cidades que decretaram estado de calamidade ou situação de emergência, inclusive em Belo Horizonte. Minas Gerais neste momento das chuvas, precisava de um trabalho de recuperação da economia. Muitas empresas perderam os seus estoques e com esse papel de indutor da economia do banco, fortalece esse posicionamento. O Banco BDMG tem trabalhado fortemente desde o ano passado em relação a este fortalecimento de micro e pequenas empresas. Quando temos micro pequenas empresas e microempreendedor individual nós estamos falando de 99% é de empresas do país. Elas são muito importantes no cenário nacional.

Tem um setor que demanda mais investimentos?

Nós temos uma participação uniforme e meu papel é diversificar um pouco mais a carteira. Nós temos uma carteira de agronegócio importantíssima. Somente no ano passado desembolsamos R$ 1 bilhão nessa carteira. O banco é o principal repassador do Funcafé, um fundo que aquece o setor que é importante no estado de Minas Gerais e para o país inteiro. O banco contribui para a geração de postos de trabalho em Minas Gerais. O ano passado nós estimulamos 21 mil postos de trabalhos em Minas Gerais. O banco opera nessa força de agente indutor de desenvolvimento e, também possibilitou um desembolso de quase R$ 4 milhões para micro e pequenas empresas no ano passado. Quando se considera os clientes públicos e privados foi quase R$ 2 bilhões. O banco BDMG, que faz 60 anos este ano, é importantíssimo para o estado de Minas Gerais. Além do trabalho junto as micro e pequenas empresas, gostaria de ressaltar o apoio aos municípios o programa Recupera Minas. Nós financiamos máquinas, equipamentos, pá carregadeira, e, também, a recuperação das estradas vicinais, das pontes, e contribuímos para a recuperação e manutenção dos prédios históricos, do patrimônio artístico, paisagístico, a sinalização turística. Tudo isso foi, inclusive, contemplado no edital lançado este ano, de R$ 300 milhões, para contribuir para infraestrutura do estado de Minas Gerais.

E essa parceria com a Embrapa é com qual objetivo?

É uma parceria inédita com a Embrapa para que ela possa auxiliar os agricultores do estado de Minas Gerais, em processos inovadores para agricultura. A agricultura inovadora, a agricultura sustentável, uma assistência técnica, a capacitação das pessoas e, a partir dessa capacitação que a Embrapa fará primeiro com os agricultores, em parceria com a Emater e com a Epamig. Esse trabalho irá começar em algumas regiões do estado, como o Triângulo Mineiro, o Alto Paranaíba, a região Noroeste de Minas, num primeiro momento. Depois vamos estender para toda Minas Gerais essas técnicas para que a gente possa aumentar a produção agrícola de forma sustentável. A Embrapa, que é uma referência nacional em pesquisa, traz para Minas Gerais esse tema com apoio do banco e com apoio do governo no estado. Nós temos certeza de que o banco volta ao seu passado ao resgatar o BDMG na sua origem, como um dos pioneiros do crédito agrícola nacional da forma como é concedida hoje, segundo a grande memória de Alysson Paulinelli.

Com a taxa Selic a 11,75%, vai passar para mais de 12%, como conseguir trabalhar com taxas tão baixas como as praticadas pelo BDMG?

Nós estamos praticando taxas mais baixas justamente porque houve um aporte do governo do estado. Só que o banco não perde a sua sustentabilidade. A precificação do banco é rigorosíssima. O banco tem critérios técnicos que são obedecidas, dentro de toda regulação bancária, e essa adoção de taxa a 0,5%, especificamente para o atendimento emergencial a aqueles locais onde foi decretado estado de calamidade pública e situação de emergência, acontece em um prazo até 30 de abril. Isso só foi possível porque o governo aportou recursos para esse fim. Nós temos uma condição especial para micro e pequenas empresas. Para o agronegócio o banco pratica taxas adequadas aos nossos padrões de mercado, mas o banco repassa também recursos internacionais. Nós temos organismos multilaterais que nos ajudam a contrabalancear uma taxa, porque este é o papel do banco do desenvolvimento. O banco desenvolvimento não atua como um banco comercial comum. Ele precisa buscar parcerias para a redução de taxa, equilibrando essa demanda do crédito mercado, sem é que seja destruída a solidez financeira do banco. (Foto reprodução internet)

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